MIR CENTRO SUL ESTUDO DE CÉLULA » TEMA: “VENCENDO A RAIZ DE INIQUIDADE”
- mircentrosulonline
- 19 de ago.
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Baseado na ministração do Ap. Arão Amazonas – 17/08
Compilação e formatação: Pr. Náis Campos
» INSTRUÇÃO AO LÍDER: Inicie com uma oração breve, convidando o Espírito Santo a guiar a célula e ministrar cura aos corações. Receba a todos com alegria e apresente a célula como um ambiente de comunhão, edificação e transformação pela Palavra.
Este estudo é obrigatório em todas as células do MIR Centro-Sul. Não utilize outros conteúdos. A unidade na visão e na linguagem é essencial para que o Corpo avance debaixo de uma só voz profética. Ministre com autoridade e sensibilidade, permitindo que o Espírito Santo conduza cada momento. Leia, explique e incentive a participação, garantindo que todos compreendam e sejam edificados.
I. INTRODUÇÃO: A raiz de iniquidade não é apenas um erro momentâneo, e sim uma inclinação permanente para o mal, uma deformação do coração e da mente que gera ciclos de pecado em famílias, territórios e gerações inteiras. Como ensina o apóstolo Arão Amazonas, a iniquidade é um histórico espiritual herdado, capaz de produzir cegueira, enfermidades, cativeiro, miséria e aprisionamento.
A boa notícia é que a cruz de Cristo tem poder para quebrar esse ciclo, pois Jesus levou sobre Si as nossas iniquidades (Isaías 53:5-6). Neste estudo, vamos compreender como identificar essa raiz, analisar exemplos bíblicos de homens que não conseguiram vencê la e aprender os caminhos de vitória para andarmos livres, estabelecendo uma nova herança para as próximas gerações.
E aqui está algo profundo: não basta reconhecer apenas os pecados que cometemos; é necessário discernir as iniquidades. São elas que se tornam o “DNA espiritual” das famílias, moldando comportamentos e perpetuando ciclos de miséria, enfermidades, rebelião, vícios e aprisionamentos.
II. PECADO, TRANSGRESSÃO E INIQUIDADE: A Palavra nos mostra que esses três termos não são iguais:
» Pecado: significa “errar o alvo”, falhar diante do padrão de Deus. Uma mentira, mesmo a mais “pequena”, já é pecado.
» Transgressão: é ultrapassar um limite, quebrar conscientemente a lei divina. É quando alguém sabe que roubar é errado e, ainda assim, rouba.
» Iniquidade: é mais profunda, a perversidade instalada, a deformação moral e espiritual que transforma o pecado em estilo de vida. É quando a pessoa já não se incomoda, vivendo no erro como se fosse normal.
O termo hebraico para iniquidade, “avon”, vem de “avah”, que significa “torcer, deformar, desviar”. Isso revela que a iniquidade é um coração torto, incapaz de alinhar se com a santidade de Deus.
III. COMO A INIQUIDADE ATUA MESMO NO CRENTE: Muitos pensam que aceitar a Cristo elimina automaticamente toda raiz de iniquidade. A verdade é que, embora a salvação nos livre da condenação eterna, ainda precisamos de processos de santificação e cura para que a iniquidade não encontre legalidade.
Paulo confessou em Romanos 7:15: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.” Isso mostra que até um homem cheio do Espírito pode enfrentar lutas contra padrões iníquos.
A iniquidade é como um vírus adormecido: se não for tratada, manifesta-se em áreas específicas, seja na vida emocional, sexual, financeira ou até ministerial. É por isso que muitos líderes caem repetidamente nos mesmos erros: não lidaram com a raiz.
» Mesmo após a salvação, se a iniquidade não é confrontada, o crente pode:
- Viver ciclos de pecado recorrente (Rm 7:15-19).
- Sofrer cativeiros emocionais e espirituais.
- Repetir padrões familiares (ira, adultério, miséria).
- Experimentar esfriamento espiritual (Mt 24:12).
Como diz o apóstolo Arão: “A iniquidade não respeita títulos, posições ou ministérios; ela precisa ser confessada, confrontada e quebrada pelo poder do sangue de Jesus.”
IV. HOMENS DE DEUS QUE NÃO VENCERAM A INIQUIDADE: A Bíblia apresenta homens chamados, ungidos e usados por Deus, mas que foram vencidos pela iniquidade porque não a confrontaram em tempo.
» Salomão começou pedindo sabedoria e governou com grande honra. Contudo, sua inclinação às mulheres estrangeiras e a tolerância à idolatria abriram brechas espirituais que corromperam seu coração. Não se tratou apenas de um deslize, mas de uma iniquidade consolidada, que contaminou todo o reino e mergulhou Israel em idolatria.
» Saul, o primeiro rei de Israel, foi escolhido por Deus e demonstrava humildade no início. Entretanto, sua repetida desobediência e a inveja contra Davi revelaram um coração endurecido. A iniquidade em Saul não foi um ato isolado, e, sim um padrão contínuo de rebeldia, que o levou a buscar até uma feiticeira. Sua história mostra como a iniquidade pode deformar até aqueles que começaram bem. ]
» Sansão nasceu como nazireu, consagrado desde o ventre e cheio do Espírito para libertar Israel dos filisteus. Porém, nunca tratou sua fraqueza diante das paixões carnais. Quebrou repetidamente seus votos, entregando-se à sedução de mulheres inimigas. Sua iniquidade se manifestava num padrão sexual destrutivo e numa impulsividade descontrolada. Ainda que tenha vencido inimigos, terminou vencido por si mesmo.
» Judas Iscariotes, discípulo de Cristo, caminhou com o Mestre, presenciou milagres e recebeu a Palavra. Entretanto, havia em seu coração uma iniquidade nunca tratada: a ganância. Ele roubava da bolsa do ministério, até entregar o próprio Cristo por moedas de prata. Seu fim trágico mostra que a iniquidade, quando não é arrancada, abre espaço para Satanás.
Em todos esses casos vemos o mesmo padrão: homens chamados por Deus, que toleraram pequenos pecados; o coração se endureceu, a iniquidade se consolidou, e a queda foi inevitável.
V. CONSEQUÊNCIAS DA INIQUIDADE: A iniquidade separa o homem de Deus (Is 59:2), rouba a paz (Sl 32:3-4), endurece o coração a ponto de chamar o mal de bem (Is 5:20) e aprisiona gerações inteiras em ciclos de miséria, enfermidades, adultério, vícios e derrotas.
Ela não apenas destrói destinos pessoais, mas também contamina famílias, igrejas e territórios. Quantos ministérios foram abortados porque a raiz não foi arrancada? Quantas famílias repetem histórias de divórcio, violência e pobreza porque a iniquidade nunca foi confrontada?
VI. O CAMINHO DA VITÓRIA: A boa notícia é que Cristo levou sobre Si a nossa iniquidade. Isaías 53:6 declara: “O Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” Isso significa que a cruz tem poder não apenas para perdoar pecados, mas para arrancar a raiz deformada e nos dar um novo coração.
» A vitória sobre a iniquidade exige três passos fundamentais:
» Reconhecimento: não podemos vencer o que negamos. É preciso dar nome à iniquidade.
» Arrependimento genuíno: confessar diante de Deus, abandonar o pecado e renunciar padrões herdados.
» Intercessão e entrega à cruz – como Daniel, que intercedeu não apenas por si, mas pelas gerações (Dn 9:4-19), precisamos apresentar diante de Deus as iniquidades familiares e permitir que o sangue de Jesus nos lave.
VII. CONCLUSÃO: “Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.” (Sl 51:2). A raiz de iniquidade não pode ser ignorada. Se não for tratada, contamina gerações. Contudo, se for arrancada pela cruz, abre espaço para uma nova herança de santidade e vitória. Hoje o Espírito Santo nos chama a olhar para dentro de nós e para nossas famílias, permitindo que o sangue de Jesus arranque toda raiz de iniquidade.
» Orientação ao líder de célula: Ao final da reunião, peça para que todos fechem os olhos e, em espírito de reverência, convide aqueles que sabem que estão em uma luta contra a iniquidade a virem até a frente e se ajoelharem diante do Senhor. Ore especificamente por cada um deles, clamando para que o sangue de Jesus quebre toda cadeia, purifique o coração e estabeleça uma nova herança de santidade sobre suas vidas e famílias.